segunda-feira, 31 de maio de 2010

Partituras Corporais





Exercício com partituras corporais da atriz Samira Sinara na cena do espetáculo ALHEAMENTO.

O SUPREMATISMO DE MALEVICH





Apesar de ter ciência do impacto das obras de Kazimir Malevich e do movimento sumprematista, vê-las na exposição "VIRADA RUSSA" ocorrida em 2009 no Centro Cultura Banco do Brasil do Rio de Janeiro e de São Paulo mudou muito a minha percepção em relação a essas obras. De algum modo a experiência real proporcionada por esses quadros e os contraste "preto" e "branco" depertaram meu interesse por essas "não cores" e permearam a concepção visuais presente no espetáculo ALHEAMENTO. 


Raphael Vianna.

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domingo, 30 de maio de 2010

BRANCO, a Não-Cor.



“No fundo, o branco, que é muitas vezes considerado uma não-cor, sobretudo depois dos impressionistas, “que não vêem branco na natureza”, é como símbolo de um mundo onde todas as cores, enquanto propriedades de substâncias materiais, se dissiparam. Esse mundo paira tão acima de nós que nenhum som nos chega dele. Dele cai um silêncio que se alastra para o infinito como uma fria muralha, intransponível, inabalável. O branco age em nossa alma como o silêncio absoluto. Ressoa interiormente como uma ausência de som, cujo equivalente pode ser, na música, a pausa, esse silêncio que apenas interrompe o desenvolvimento de uma frase, sem lhe assinalar o acabamento definitivo. Esse silencio não é morto, ele transborda de possibilidades vivas. O Branco soa como uma pausa que subitamente poderia ser compreendida. É um “nada” repleto de alegria juvenil ou, melhor dizendo, um “nada” antes de todo nascimento, antes de todo começo. Talvez assim tenha ressonado a terra, branca e fria, nos dias da época glacial.”



Comentário do pintor Wassily Kandinsky extraído do livro Do Espiritual na Arte (1910)